Unidade na dualidade
O ser que se sente só e isolado,
o ser que não sente que pertence ao fluxo
constante e ininterrupto da existência, é um
ser em sofrimento. Logo, não pode ser feliz
nem tão pouco sentir-se como uma parte
da unidade que representa a Vida na sua expressão
universal.
No mundo, a dualidade presente faz-nos sentir que algo falta
em nós; mas se algo falta em nós (que somos uma parte do Todo),
então, algo falta também ao Universo – o que não é razoável.
O sentimento de estar à parte é ilusório,
em cada momento, partilhamos integralmente
o devir universal: a respiração e o nosso bater do coração
deixam bem claro que assim é. A cada momento uma parte
de nós está em profunda sintonia com a Vida e essa parte
não sente nem amargura nem cansaço nem dor nem tristeza –
essa parte de nós, substancial, partilha o fluxo da vida e cada
um dos nossos átomos é da matéria de que as estrelas são feitas.
Então, onde reside o problema do ser humano? O problema
reside na mente. Imaturamente, não estamos preparados
para um diálogo com a nossa alma. Razões culturais, familiares,
e muitas outras, atiram-nos para o abismo da separatividade.
Medimos o sucesso da nossa existência pelas regras do mundo
e, em larga medida, acreditamos que existimos por acaso.
Não é assim, cada vida tem um propósito,
tal como cada dedo de uma mão tem uma função,
tal como uma flor num campo não é apenas mais
uma flor, mas, ao contrário, existe por que, tal como
tudo o que se manifesta no palco do mundo, também
ela é necessária.
Quando acreditamos que temos a ver com tudo o que
existe, sentimo-nos em casa; encontramos, finalmente,
o lar – e nesse lar o amor eterno que nos acolhe.
A proposta da Vida, para cada um de nós, é reencontrarmos
a unidade. Quando isso acontece, um céu de estrelas, à noite,
ganha uma nova dimensão. E, do mais profundo, a nossa alma
encontra o caminho da liberdade.
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