Transforme
a sua mente em emissora potente de bons pensamentos, de vibrações saudáveis, de
sentimentos de paz, fraternidade e benevolência, de irradiação curativa. Passe da mente passiva e descontrolada para
a mente ativa e dirigida, emitindo vibrações poderosas de tudo o que é bom e
condizente com a felicidade de todos os seres.
A totalidade do que existe no mundo, e à nossa volta,
passa necessariamente pela nossa mente. A forma como apreendemos a realidade é
um produto da nossa mente; tal como a forma como nos sentimos ou olhamos a nós
próprios e aos outros. A mente, todo o nosso plano mental, pode ser um
organismo ditatorial, e por isso mesmo assustador, se desprovido de um
mecanismo de controlo, que seja um fiel de balança exato, e que estabeleça um
equilíbrio saudável. Perder o controlo, ou não existir controlo, significa que
nos deixámos completamente enredar por um fluxo desenfreado de pensamentos,
repetitivos, e não raro focados em algo de natureza espúria ou negativa.
Digamos que este descontrolo é dominante numa sociedade humana dita civilizada
e decorrem deste mesmo descontrolo da mente as ações mais mesquinhas e até mais
vis de todos nós. Como resgatar então a nossa mente? Como resgatar então cada
um de nós desta dominância que parece impor-se-nos como uma fatalidade humana? A
resposta parece ser óbvia – podemos aprender… Se acreditarmos que uma vida
humana, a nossa vida humana, a vida humana de cada um de nós, é acima de tudo
uma caminhada de aprendizagem e de progresso, a questão de aprendermos, no
curso da vida, algo que, inicialmente, não dominamos, é algo que fará todo o
sentido. Ou seja, se eu não me considerar um produto acabado, mas sim uma
entidade viva em transformação, e em evolução, eu estarei mais recetivo a
aprender e entenderei que me é necessário o aperfeiçoamento nos limites das
minhas capacidades pessoais e humanas. Hoje em dia, curiosamente, este conceito
está tão presente ao nível das áreas tecnológicas, e em todo o progresso dito
científico, que as sociedades modernas apontam como necessidade premente de
todo o indivíduo o seu dever de procurar a atualização de conhecimentos e
buscar a informação. O avanço é exponencial. As mudanças nas sociedades são constantes.
O progresso parece não parar ao nível da técnica e cada um de nós tem de procurar
acompanhar esse progresso… Digamos que o que está na base, para o homem, quer
se trate da sua evolução humana quer da sua evolução técnica, é a mesma coisa.
Ou seja, trata-se de uma necessidade de aprendizagem de domínio e de superação
de dificuldades. Podemos, pois, portanto, aprender a controlar a nossa mente.
Isto requer acima de tudo paciência, vontade e prática. E ainda a certeza de
uma determinação concreta que nos garanta que esta ação pessoal é um bem para
nós próprios e para os outros. É célebre a afirmação de que, quando se é jovem,
se quer transformar o mundo, que, mais tarde, queremos transformar os outros à
nossa volta, e, finalmente, que, quando se atinge o meio da vida, não queremos
senão transformarmo-nos apenas a nós mesmos. E, nesta consciência final, de que
apenas a nós podemos mudar, está a garantia da real e efetiva transformação e
mudança do mundo. Talvez que, para isso acontecer, para o mundo se transformar,
mais não seja necessário do que, cada um de nós, cuidar da sua mente, como um
jardineiro cuida com esmero de um jardim. As ervas daninhas terão de ser
arrancadas, as árvores e as flores podadas, rega e o cuidado terão de ser constantes,
e isto irá permitir que as mais belas maravilhas da natureza floresçam; que floresça
também cada um dos nossos pensamentos e que cada um deles represente um bem
para cada um de nós, para os outros e para o mundo à nossa volta. Então, a
forma como apreendemos a realidade será necessariamente condizente com o propósito
novo, e mais autêntico, que, no fundo, cada um de nós projeta à sua volta.